quarta-feira, 31 de julho de 2013

BREVE HISTÓRIA DO RITO BRASILEIRO

     O Rito Brasileiro foi desejado pelos maçons do Brasil desde quase um século. Corporificava, sem dúvida, um desejo de maioridade maçônica ou autodeterminação. Em 1878, pela primeira vez surgiu o Rito no legendário Pernambuco. Entre os papéis deixados pelo Imperador D.Pedro II e reunidos em dois códices pela Biblioteca Nacional, encontra-se a sua Constituição e a “Caderneta Nominal dos Sócios” (Quadro de Obreiros) com 838 nomes. Foi instituidor do Rito o negociante José Firmo Xavier, dando-lhe o designativo de “Maçonaria do Especial Rito Brasileiro” , sob a proteção do Imperador e do Papa. O Rito não prosperou, apesar de muitos pontos positivos: era irregular, contendo preceitos negativos, entre eles a só admissão de brasileiros natos.

    Em 1914 foi fundado o Rito Brasileiro, como Potência Regular Legal e Legítima. Iniciativa do ínclito Lauro Sodré, então Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil: o Decreto pioneiro é o de nº 500 de 23 de dezembro de 1914. Foi o passo decisivo, o marco imperecível. Seguiram-se dois outros decretos, consolidando o Rito, baixados pelo Almirante Veríssimo José da Costa, quando no Grão Mestrado, substituindo Lauro Sodré: Decreto nº 536, com o aval da Sob... Assembléia em 17 de outubro de 1916 e Decreto nº 554 de 13 de junho de 1917. Época da 1ª Grande Guerra, que encerrava um período histórico e abria nova fase na vida da humanidade.
    Durante meio século, porém, o Rito foi visto com desconfiança pela massa dos rotineiros e misoneistas – os que aceitavam passivamente a liderança estrangeira. Lojas se fundavam  e depois abatiam colunas ou passavam a outro Rito, pelo ambiente inóspito, - mas também por falta de Rituais e de Oficina-Chefe.
    Em 1921 houve uma tentativa em São Paulo para a implantação efetiva do Rito e depois outra na Guanabara, em 1.940, ambas úteis e proveitosas, sem atingir todavia a fecundação desejada.
    A implantação definitiva e vitoriosa, “aere perennius” , só ocorreu em 1968, quando o Irmão Álvaro Palmeira, então Grão-Mestre-Geral do Grande Oriente, baixou o Decreto nº 2.080, de 19 de março daquele ano, nomeando uma comissão de 15 membros, com amplos poderes de revisão e reestruturação do que fora feito até ali, a fim de pôr o Rito “rigorosamente acorde às exigências maçônicas da Regularidade Internacional” , conferindo-lhe  “âmbito universal” , separando o Simbolismo do Filosofismo e constituindo-o em real veículo renovação da Ordem, conciliando a Tradição com a Evolução.
    Assim se fez, e o Rito ressurgiu avante. A seguir, foi firmado em 10 de junho do mesmo ano um “Tratado de Amizade e Aliança Maçônica” entre o Grande Oriente do Brasil e o Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro, o qual foi ratificado  pela Soberana  Assembléia Federal Legislativa em 27 de julho seguinte, sob aclamação do plenário de pé.
    No primeiro trimestre de 1974, em face a cisão atingindo profundamente o Campo Filosófico (talvez para melhor) é fundado em Cataguases – MG , “Supremo Conclave Autônomo para o Rito Brasileiro”. (Retirado do Site do Supremo Conclave Autonomo para o Rito Brasileiro de Cataguases; 
http://www.supremoconclave.com.br/?q=node/31).

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