quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Comentários ao Dia do Maçom

O principio maior do Maçom, é a busca constante da verdade, exercida todos os dias, segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, todos os dias são “Dia do Maçom”.
            Embora todos os dias são “Dia do Maçom”, ha datas marcantes comemoradas pela Maçonaria.
            Dia 20 de Agosto, é comemorado o ”Dia Nacional do Maçom” e no dia 22 de Fevereiro, o “Dia Internacional do Maçom”.
            Toda data comemorativa deve ser precedida de um fato relevante, como exemplo: o “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil”, comemorado no dia 17 de Junho e o “Dia Nacional do Rito Brasileiro”, comemorado no dia 25 de Abril.
            Essas datas são altamente relevantes, pois trata-se da Fundação do Grande Oriente do Brasil, ocorrido em 17 de Junho de 1822 e a Reimplantação Vitoriosa do Rito Brasileiro, ocorrido em 25 de Abril de 1968.
            Como veremos abaixo, o dia 22 de Fevereiro é altamente relevante na historia da Maçonaria Mundial, quanto ao dia 20 de Agosto, não há nenhuma relevância para a Maçonaria Brasileira.

Dia Nacional  do  Maçom

            O “Dia do Maçom” foi primeiramente adotado pelas Sereníssimas Grandes Lojas Brasileiras.
A CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica Brasileira) aprovou durante a V Mesa Redonda, ocorrida nos dias 17 a 25 de Junho de 1957, no oriente de Belém estado do Para, uma sugestão apresentada pela Grande Loja de Santa Catarina, que o “Dia do Maçom”, fosse comemorado no dia 20 de Agosto, o que foi aprovado por todas as Grandes Lojas ali reunidas. A justificativa era de que, em Sessão Maçônica realizada no dia 20 de Agosto de 1822, a Maçonaria Brasileira declarou a Independência do Brasil. Como veremos abaixo, o Grande Oriente do Brasil não realizou sessão maçônica nesta data.
            A adoção do “Dia do Maçom” pelo Grande Oriente do Brasil, não foi nem por Ato e nem por Decreto Lei, mais sim, pela revisão Constitucional homologada pelo Grão Mestre Geral Irmão Osires Teixeira, em 02 de Março de 1982. Foi confirmado na revisão Constitucional de 1990, pelo Decreto nº 0162 de 24 de Junho, assinado pelo Grão Mestre Geral Irmão Jair Assis Ribeiro e manteve-se na nova Constituição, editada em 25 de Junho de 2007, assinada pelo Grão Mestre Geral Laelson Rodrigues, pelo Decreto nº 0879.

RGF de 02 de março de 1982
Art. 245 – O “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil” é comemorado em 17 de Junho, em toda a Jurisdição e considerado feriado maçônico. Igualmente o dia 20 de Agosto “Dia do Maçom”.


Constituição de 24 de junho 1990
Art. 145 – São oficialmente considerados o dia dezessete de Junho como o “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil” e o dia vinte de Agosto como “Dia do Maçom”, sendo essas datas feriados maçônicos.

Constituição de 25 de junho 2007
Art. – 134 – São oficialmente considerados feriados maçônicos o dia dezessete de Junho, como o “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil” e o dia vinte de Agosto, como “Dia do Maçom”.

            Em 1822, o Grande Oriente do Brasil, adotava o calendário do Rito Adonhiramita, que começava em 21 de Março, é conhecido como calendário das Estações, pois começa no inicio do Outono (21 de março) e termino no Verão (20 de março), também conhecido como calendário Zodiacal, começando no signo de Áries (21 de março) e termino no signo de Peixes (20 de março). O Rito Brasileiro usa esse calendário.
O Grande Oriente do Brasil usava o calendário Adonhiramita, porque a Loja “Comercio e Artes” trabalhava neste Rito, embora, as Lojas “Esperança de Niterói” e “União e Tranqüilidade” fosse do Rito Moderno (Francês), que adotava o calendário com inicio em 01 de março.
Na primeira fase de funcionamento do Grande Oriente do Brasil, que vai de 17 de Junho a 25 de Outubro de 1822, que totalizou dezenove sessões, o Grande Oriente do Brasil, sempre trabalhou no sistema de Grande Loja (todas reunidas conjuntamente), e em todas as sessões maçônicas as Atas foram datadas no calendário do Rio Adonhiramita (inicio em 21 de março). O Grande Oriente do Brasil, somente passou a adotar o calendário Gregoriano (inicio em 01 de janeiro) no final do século XIX.
            Convergindo o calendário Adonhiramita (21 de março a 20 de março) para o calendário Gregoriano (01 de janeiro a 31 de dezembro) teremos o seguinte:
 Sessão Calendário - Adonhiramita
Sessão Calendário - Gregoriano
1º28 dias do 3º mês de 582217 de junho de 1822
12º27 dias do 5º mês de 582217 de agosto de 1822
13º15 dias do 6º mês de 582204 de setembro de 1822
14º20 dias do 6º mês de 582209 de setembro de 1822
15º23 dias do 6º mês e 582212 de setembro de 1822
            Quando o Grande Oriente do Brasil, fez a conversão de calendário para estipular sua data de fundação (17 de junho “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil”), usou o calendário Adonhiramita, que é o correto.
Para estipular a data do “Dia do Maçom”, usou o calendário do Rito Moderno, que convergindo para o calendário Gregoriano, corresponde ao dia 20 de Agosto (20 dias do 6º mês de 5822). Estranho! Pois o Grande Oriente do Brasil nunca trabalhou no calendário do Rito Moderno (Francês).
            Vendo a tabela acima, o Grande Oriente do Brasil, nunca realizou sessão no dia 20 de Agosto, a décima segunda sessão foi realizada no dia 17 de Agosto de 1822 (27 dias do 5º mês de 5822) e a décima terceira no dia 04 de Setembro de 1822 (15 dias do 6º mês de 5822).
            A décima quarta sessão do Grande Oriente do Brasil foi realizada em 09 de Setembro de 1822 (20 dias do 6º mês de 5822), e não no dia 20 de Agosto, nessa sessão, foram tratados dois assuntos: o primeiro solicitando esclarecimento sobre publicação no jornal “O Regenerador”, cujo redator era o Irmão Frei Francisco de Sampaio, membro da Loja Comercio e Artes, o Jornal “O Regenerador” era o meio de comunicação do Partido Conservador, da qual faziam parte não só o Irmão Sampaio, como também o Irmão Jose Bonifacio de Andrada, e era contrario aos ideais maçônicos, que eram vinculados no Jornal “Reverbero Constitucional Fluminense” cujo Redator era o Irmão Joaquim Gonçalves Ledo, presidente do Partido Liberal, da qual fazia parte à maioria dos membros do Grande Oriente do Brasil, que trabalhavam pela Independência unilateral do Brasil de Portugal e que seria um Império Constitucional, isto é, com uma Constituição que rege-se os destinos do Brasil, o Partido Conservador trabalhava por uma Independência atrelada a Portugal com um Parlamento único, prevaleceu os ideais da Maçonaria e do Partido Liberal liderado por Joaquim Gonçalves Ledo; o segundo assunto foi à apresentação de uma moção (proposta) feita pelo Irmão Joaquim Gonçalves Ledo, da necessidade da programação da Independência do Brasil, abaixo resumo da Ata dessa sessão, com corte do primeiro assunto.

Décima quarta Sessão do Grande Oriente Brasílico
Aos 20 dias do 6º mês de 5822 = 09 de Setembro de 1822

A Gl\ do G\ Arq\ do Universo“Aos 20 dias do 6º mês do ano de 5822 da V\ L\ - Consta não só que tendo sido convocados os maçons membros das três Lojas Metropolitanas para essa sessão extraordinária, com o especificado fim diante declarado, sendo presidida pelo sobredito 1º Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo, no impedimento do Grão Mestre Jose Bonifácio, dirigira do Sólio um enérgico e fundado discurso demonstrando com as mais sólidas razões, que as atuais políticas, circunstâncias de nossa Pátria o rico, fértil e poderoso Brasil, demandavam a exigir imperiosamente que a sua categoria fosse inabalavelmente formada com a proclamação de nossa Independência, e da Realeza Constitucional na pessoa do Augusto Príncipe, perpétuo defensor do reino do Brasil; mas também, que esta moção fora aprovada por unanimidade e simultânea aclamação expressada com o ardor do mais puro e cordial entusiasmo patriótico. Que sossegado, mas não extinto o ardor da primeira alegria dos ânimos, por verem prestes a realizarem-se os votos da vontade geral pela Independência e engrandecimento da Pátria, propusera ainda o mesmo Primeiro Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo, a necessidade de ser esta sua moção discutida, para que aqueles que pudessem ter receio de que fosse precipitada a medida da segurança e engrandecimento da Pátria, que se propunha, a perdessem convencidos pelos debates, de que a Proclamação da Independência do Brasil era a ancora da salvação da mesma Pátria. Em conseqüência do que, dando a palavra a quem quisesse especificar seus sentimentos, falaram vários Membros, e posto que todos aprovavam a moção reconhecendo necessidade imperiosa de se fazer a Independência do Brasil e de ser aclamado Rei dele o príncipe D.Pedro de Alcântara seu Defensor Perpetuo e Constitucional, contudo, como alguns dos mesmos opinantes mostrassem desejos de que fossem convidados as outras Províncias coligadas para aderirem a nossos votos, e efetuar-se em todas simultaneamente a desejada aclamação, ficou reservada a discussão para outra assembléia geral, sendo todos os Maçons presentes, encarregados de disseminar e propagar a persuasão de tão necessária medida política”.
            A décima quinta sessão (12 de setembro de 1822) foi complemento da sessão anterior, onde foram tratados os mesmos assuntos. No primeiro, com a presença do redator do jornal O Regenerador Irmão Frei Francisco de Sampaio, que esclareceu o ocorrido. No segundo, havia suspeitas que outras corporações civis estavam articulando para fazer a Independência do Brasil sem a participação da Maçonaria, que vinha de há muitos anos trabalhando neste sentido, de uma forma transparente e de conhecimento de toda a sociedade brasileira, essa preocupação era em referencia ao Partido Conservador, que queria uma Independência diferente da propaga pela Maçonaria. Foi decidido, que fossem enviados mensageiros as Províncias e ao encontro do Príncipe Regente (D. Pedro I) que estava em viagem a Província de São Paulo, para dar noticias das decisões tomadas nessas sessões; as mensagens enviadas as Províncias e ao Príncipe Regente, era de que a Independência e a Aclamação do Príncipe Regente (D.Pedro I) seria realizada no dia 12 de Outubro (dia do aniversario do Príncipe Regente), para que as Províncias realizassem este ato conjuntamente com os Irmãos do Grande Oriente Brasílico, como realmente ocorreu.
Abaixo, resumo da Ata dessa sessão, com corte do primeiro assunto.


Décima quinta Sessão do Grande Oriente Brasílico
Aos 23 dias do 6º mês de 5822 = 12 de Setembro de 1822

A Gl\ do G\ Arq\ do Universo“Aos 23 dias do 6º mês do ano de 5822 da V\ L\ - Achando se reunido o Povo maçom das três Lojas Metropolitanas, que por deliberação da sessão antecedente, fora convocado para esta Assembléia geral, tomara a presidência o supradito 1º Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo, no impedimento do Grão Mestre e abrira a sessão, após serem discutidos outros assuntos, foi discutida a moção apresentada na sessão anterior sobre a Independência do Brasil o Irmão Joaquim Gonçalves Ledo propôs, que atenta à boa disposição dos ânimos de todos os Brasileiros conformes em aclamar o nosso augusto defensor perpetuo, Rei Constitucional do Brasil, e devendo os maçons, que foram os primeiros a dar este necessário impulso à opinião publica, adiantar e por em execução meios precisos para que nenhuma corporação civil as precedesse na gloria desta honrosa empresa, acertado era que desta augusta Ordem se enviassem as províncias do Brasil, emissários encarregados de propagar a opinião abraçada, e dispor os ânimos dos povos a esta grande e gloriosa obra, fazendo-se a despesa aos empregados nesta importante comissão com fundos que se achavam em Caixa, porque, posto que destinados para os ornatos e decorações do Grande Oriente, parecia ficarem melhor empregados na causa publica. Apoiada e aprovada esta proposta com o entusiasmo e patriotismo que a nossa Augusta Ordem tem sempre desenvolvido a respeito da causa do Brasil e para com o seu Augusto Defensor Constitucional, e não querendo nenhum dos membros presentes que se fizesse dos fundos em caixa aplicação diferente da do seu destino, se apresaram a oferecer generosas contribuições, prestando-se os membros J. Fernandes Lopes e J. M. Lourenço Vianna, a fazer aos emissários as precisas assistências; e os membros Francisco Xavier com a quantia de cem mil réis; Amaro Velho com a de trezentos mil réis; e Ruy a de cinqüenta mil réis, e todos os mais conforme suas possibilidades, oferecendo-se mais para a comissão à província de Minas o padre Januário da Cunha Barbosa; à de Pernambuco, João Mendes Vianna; à de Santa Catarina, Alexandrino Jose Tinoco; à do Espírito Santo M. P. Ribeiro Pereira de Sampaio; à do Rio Grande do Sul o sobredito Francisco Xavier, que não podendo partir com a precisa brevidade, adiantava por contas entregues a seus sobrinhos, João e Domingos Ribas, pertencentes também a nossa Ordem, as convenientes insinuações, na qualidade de membro que era do governo provisório daquela província; à da Bahia, J. E. Gordilho de Barbuda; à de Monte Vídeo, L. Obbes, e a cidade de Cabo Frio, a sua custa, R. G. Possolo; ficando o presidente da Assembléia encarregado de nomear para as mais províncias, pessoas habilitadas, o que tudo foi aceito. Sendo mais proposto e aprovado, que em conseqüência de haver o Augusto Príncipe, dirigido a província de São Paulo ao Grande Oriente fraternais felicitações, era um dever do Grande Oriente fazer-lhe, por meios de uma deputação às respeitosas expressões de agradecimento pela sua benévola recordação, e pelo seu feliz regresso: foram nomeados para irem a essa missão na manha do dia seguinte os Maçons João Fernandes, Amaro Velho da Silva e João Martins Lourenço Vianna“.

            Finalizando, porque o Grande Oriente do Brasil adotou o dia 20 de Agosto como “Dia do Maçom”, sabendo que não houve Sessão Maçônica nessa data?

Dia  Internacional  do  Maçom

            Abaixo, transcrevo texto escrito pelo Irmão Luiz Alberto Chaves, membro da Loja “Universitária Verdade e Evolução nº 3492” e Administrador do Museu Ariovaldo Vulcano do Grande Oriente do Brasil:
            Nos dias 20, 21 e 22 de Fevereiro de 1994, realizou-se em Washington, nos Estados Unidos, a Reunião Anual dos Grãos Mestres das Grandes Lojas da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México).
            Na ocasião, estiveram presentes como Obediências Co-Irmãs (Sister Jurisdictions), a Grande Loja Unida da Inglaterra, a Grande Loja Nacional Francesa, a Grande Loja Regular de Portugal, a Grande Loja Regular da Itália, o Grande Oriente da Itália, a Grande Loja Regular da Grécia, a Grande Loja das Filipinas, a Grande Loja do Irã, no exílio; além do Grande Oriente do Brasil, com uma delegação chefiada por seu Grão Mestre Francisco Murilo Pinto, que ali estava como observador.
            Ao encerramento dos trabalhos, o Grão Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Irmão Fernando Paes Coelho Teixeira, apresentou uma sugestão encampada pelos Grãos Mestres de todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos e das demais Obediências ali reunidas, no sentido de fixar o dia 22 de Fevereiro como o “Dia Internacional do Maçom” a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi totalmente aprovado.
            E por que 22 de Fevereiro?
            Porque foi no dia 22 de Fevereiro de 1732, em Bridges Creek, na Virginia (EUA), que nasceu George Washington, o principal artífice da Independência dos Estados Unidos. Nascido pouco depois do inicio da Maçonaria nos Estados Unidos – o que ocorreu em 23 de Abril de 1730, no estado de Massachussts – Washington foi iniciado a 4 de Novembro de 1752, na Loja “Fredericksburg nº 4, de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1753 e exaltado a Mestre em 4 de Agosto de 1754.
            Foi Representante da Virginia no 1º Congresso Continental em 1774 e Comandante Geral das Forças Coloniais em 1775, dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1776. Ao ser firmada a paz em 1783, renuncio a chefia do Exercito, dedicando-se então aos seus afazeres particulares. Em 1787, reunia-se, em Filadélfia, a Assembléia Constituinte, para redigir a Constituição Federal e Washington, que era um dos Delegados da Virginia, foi eleito, por unanimidade, para presidi-la. E, depois de aprovada a Constituição, havendo a necessidade de se proceder à eleição de um Presidente, figura nova na política norte americana, Washington, pelo seu passado, pela sua liderança, e pelo prestigio internacional de que desfrutava, era o candidato lógico e foi eleito por unanimidade, embora desejasse retornar à vida privada e dedicar-se as suas propriedades.
            Como Presidente da Republica norte americano, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em Abril de 1789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da Loja “Alexandria nº 22”, da qual fora Venerável Mestre em 1788; em 18 de Setembro de 1783, como Grão Mestre pro-tempore da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio – o Congresso norte americano – apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom. Falecido em 14 de Dezembro de 1799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, em sua propriedade de Mount Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da Loja “Alexandria nº 22”, e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma oficina.
            Como se vê, a criação do “Dia Internacional do Maçom” representou uma homenagem mais do que justa a um grande Maçom alem de também ser historicamente pertinente.
            O Grande Oriente do Brasil, através do Decreto nº 003, de 10 de Fevereiro de 1995, do seu Grão Mestre Francisco Murilo Pinto, atendeu a recomendação da reunião das mais importantes Potencias Maçônicas do mundo, e passa a comemorar o “Dia Internacional do Maçom” a 22 de Fevereiro, com plenas justificativas maçônicas e históricas.

Conclusão

            Na primeira fase de funcionamento do Grande Oriente do Brasil, de 17 de Junho de 1822 a 25 de Outubro de 1822, não houve sessão maçônica no dia 20 de Agosto e muito menos que a Independência do Brasil fora proclamada nessa sessão.
            O Grande Oriente do Brasil deveria ter alertado a CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica Brasileira), de que o dia 20 de Agosto adotado como “Dia do Maçom”, não correspondia com a verdade. Não alertou e também passou adotar o dia 20 de Agosto como “Dia do Maçom”, em 1982, vinte e cinco anos após a decisão das Sereníssimas Grandes Lojas Brasileiras, e reafirmou recentemente na Constituição de 2007, cometeu assim dois erros crassos.
            O Grande Oriente do Brasil deve revogar a data atual de comemoração do “Dia do Maçom”, em 20 de Agosto e conjuntamente com a CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica Brasileira) e COMAB (Confederação da Maçonaria Brasileira) adotem outra data para comemoração do “Dia do Maçom”.
           
Sugestão

Devemos seguir os mesmos critérios usados pelas Potencias Mundiais, quando instituiu o “Dia Internacional do Maçom”, reverenciando o Irmão George Washington.
Será que no Brasil não temos nenhum Irmão que preenche os mesmos atribuídos maçônicos e cívicos do Irmão George Washington?
Com certeza que temos! Esse Irmão é Joaquim Gonçalves Ledo. Dia 11 de Dezembro de 1781 é a data de seu nascimento, data ideal para comemorarmos o “Dia do Maçom”.            Brasileiro, Maçom, Nacionalista, Patriota e Cidadão exemplar. Embora a historiografia profana nacional, não o menciona como o grande responsável pela nossa Independência, prestou relevantes serviços a nossa Pátria e a Maçonaria:

·         Pertenceu ao quadro de Obreiros da Loja Primaz do Grande Oriente do Brasil “Comercio e Artes”, onde foi Venerável Mestre.
·            Foi o grande responsável pela reinstalação da Loja “Comércio e Artes”.
·         Fundador e Redator do Jornal “Reverbero Constitucional Fluminense”, propagador dos ideais da Maçonaria.
·         Foi o grande responsável juntamente com o Irmão Januario da Cunha Barbosa do “Dia do Fico”.
·         Foi o personagem principal da fundação do Grande Oriente do Brasil, primeira e maior Potencia Regular da America Latina. Participou das 19 sessões do Grande Oriente do Brasil (17/06 à 11/10/1822). Presidiu 15 sessões.
·         Foi Conselheiro do Príncipe Regente, Secretario de Estado e Procurador Geral da Província do Rio de Janeiro.
·         Foi o principal responsável pela instalação da Assembléia Constituinte, sendo eleito constituinte pela Província do Rio de Janeiro em 1822.
·         Foi responsável pela iniciação e posse do Príncipe Regente Pedro de Alcântara no cargo de Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil.
·         Foi o grande responsável conjuntamente com o Grande Oriente do Brasil pela organização da Aclamação e Coroação de D. Pedro I Imperador do Brasil em 12 de Outubro de 1822.
·         Foi o introdutor do Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil, fundando a Loja “Educação e Moral” (1829), onde foi seu primeiro Venerável.
·         Recusou cargos e honrarias oferecidas pelo Imperador D. Pedro I: Ministro do Império; Titulo de Marques de Praia Grande e a Ordem Dignataria do Cruzeiro.
·         Participou ativamente da Reinstalação do Grande Oriente do Brasil em 1831.
·         Foi Deputado pela Província do Rio de Janeiro de 1822 a 1836.
·         Em 1836 abandona a vida Política e a Maçonaria, e se dedica apenas a sua vida profana e parte ao oriente eterno em 19 de Maio de 1847.
             Os Irmãos que quiserem obter maiores conhecimentos sobre esse grande brasileiro chamado Joaquim Gonçalves Ledo, leiam o livro de autoria do Irmão Nicola Aslan intitulado “Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo” e Aníbal Gama “D. Pedro na Regência”.

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