terça-feira, 13 de setembro de 2011

Maçons que ganharam o Prêmio Nobel

O presente trabalho não tem outra finalidade senão a de entregar aos Irmãos uma compilação e ordenamento de dados sobre celebridades maçônicas, para um melhor e maior cabedal de conhecimento do que é a Franco-maçonaria no que diz respeito ao aperfeiçoamento pessoal.
Julio Juan Bautista Vicente Bordet,1870-1961: Medico E Bacteriologista Belga, titular do Prêmio Nobel de Medicina em 1919 por seu trabalho sobre imunidade, os soros e o descobrimento do micróbio “de la tos ferina y el de la difteria”. Foi iniciado em 01 de novembro de 1908 na Loja “Os amigos Filantropos” de Bruxelas.

Leon Burgeois, 1815 – 1925: Político Francês, delegado nas conferências de Paz em Haya (1899-1907) contribuiu na organização da Sociedades das Nações e presidiu a primeira seção em 1920. Foi laureado com o prêmio Nobel da Paz em 1920. É reconhecido como maçom segundo uma publicação da Grande Loja do Chile de maio-junho de 1975.

Aristide Briand, 1862-1932: Político francês, ardente defensor das idéias democráticas e pacifista. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1926 juntamente com o Irmão Gustav Stresseman. Por diferenças políticas não foi iniciado na loja “le trait d’unión” de caráter conservador, “sin embargo” foi iniciado finalmente em 1895 na loja “le chavalier du travail” que pertencia a uma obediência de duvidosa regularidade, em todos os casos conheceu a Luz Maçônica.

Giosue Carducci, 1835 – 1907: Poeta, escritor italiano com idéias republicanas, grande crítico da monarquia e do papado, foi parlamentarista, recebeu o prêmio Nobel de literatura em 1906. Foi iniciado em 1862 na Loja Felisinia (agora 846) de Bologna, posteriormente se uniu a Loja de Propaganda de Roma. Hoje há 4 Lojas que levam seu nome em sua homenagem, as Nrs. 103 e 853 de Bologna; a Nr. 686 de Florença e a Nr. 820 de Follinica.

Salvatore Cuasimodo, 1901 – 1968: Poeta e literato italiano. Foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1959. Sabe-se que foi maçom através do livro “la Masoneria” do autor espanhol José ª Ferrer Benimeli.

Sir Wiston Leonard Spencer Churchill, 1874-1965: Político, militar e publicista inglês, um dos grandes estadistas deste século, famoso pela defesa da Inglaterra na Segunda Guerra Mundial, lhe foi concedido o Prêmio Nobel de Literatura em 1953. Foi iniciado na Loja Studholmes Nr. 1591 de Londres, contrariamente ao que havia sido suposto, ele recebeu os três graus em sua Loja Mãe. Foi iniciado em 24 de maio de 1901.

Elio Ducommon, 1833-1907: Publicista e filantropo suisso, organizador da Oficina Internacional da Paz em 1891. Por sua obra pacifista lhe foi concedido o Prêmio Nobel da Paz em 1902 compartido com Alberto Gobat. Tendo em vista não se o nome de sua Loja Mãe, serviu como Grão Mestre da Grande Loja Alpina e foi membro da antiga e famosa Loja “Modestia y Libertad” de Zurick.

Jean Henry Dunant, 1828-1910: Filantropo e escritor suisso, foi o pilar da fundação da Cruz Vermelha Internacional. Em 1901 pelos seus méritos lhe foi concedido juntamente com Frederico Passy, o Prêmio Nobel da Paz. Escritores e autoridades maçônicas tais como Lennhoff e John Mirt afirmam que o mesmo foi Maçom mais não sabem precisar o nome de sua Loja.

José Echegaray Y Eyzaguirre, 1847-1927: Ilustre poeta, dramaturgo, economista, matemático, e político espanhol, foi ministro, membro da Academia de Lingua e Ciências Exatas, em 1904 obteve o Prêmio Nobel de Literatura em companhia do poeta Mistral. Foi Maçom de acordo com a “História do Supremo Conselho 33″, “Masoneria Española” publicada no exílio, no México.

Enrico Fermi, 1901-1954: Matemático e cientista italiano, autor de trabalhos de investigação sobre elementos radioativos e, nesta qualidade é considerado um dos criadores da Energia Atômica. Em 1938 lhe foi concedido o Prêmio Nobel de Física. O autor especialista em História Maçônica José Ferrer Benimeli de Zaragoza assegura em sua obra “La Masoneria” que Enrico fora maçom.

Alexander Fleming, 1881-1955: Químico inglês, seus estudos e experiências com os vegetais e, em especial com o hongo “penicillium” permitiu descobrir a penicilina, antibiótico que revolucionou a medicina e salvou muitas vidas durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1945 juntamente com Florey y Chain, lhe foi outorgado o Prêmio Nobel de Medicina. Iniciado na Loja “Maria” 2682 se uniu a Loja Misericórdia 3286, tendo ocupado todos os cargos de uma Loja, e chegou ao Grau 30º.

Alfred Herman Fried, 1864-1921: Doutor editor e jornalista, pacifista austríaco. Em 1911 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. R. V.Denslow disse em sua obra “Masoneria en el hemisferio Este”que pertenceu a antiga e respeitável Loja “Sócrates” onde foi um dos mais antigos e fiéis membros.

Frank Billings Kellog, 1856-1937: Político americano, secretário de Estado do Presidente Colidge. Criou o pacto que leva seu nome em que se declara aos fora da lei, assinado por 15 países em 1928. Por isso lhe foi outorgado o Prêmio Nobel da Paz em 1929. Foi iniciado na Loja Rochester nº 21 de Rochester Minnesota em 1880.

Rudyard Kipling, 1865-1936: Escritor e poeta inglês, em quase toda a sua obra literária está presente a Maçonaria, como: “Loja Mãe”, “O Homem que seria rei”, “O livro das terras virgens”, “If (Ser)” . Foi lhe outorgado o Prêmio Nobel em 1907. Sendo muito jovem foi iniciado na Loja “Esperança e Perseverança nr. 782″ de Lahore – Índia.

Enrique Lafontaine, 1854-1943: Político e jurisconsulto belga, teve participação ativa em questões de Arbítrio Internacional. Representou seu país na Assembléia das Ligas das Nações 1920 – 1921 pelo que foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1913. É considerado Maçom na Revista Maçonica da Grande Loja do Chile de maio-junho de 1975.

George Cattlett Marshall, 1880-1959: Político e militar norte-americano, serviu em três guerras pelo seu país, na primeira guerra mundial em importantes missões, na Segunda foi um grande estrategista no Pacífico e na guerra da Coréia foi Ministro autor do Plano Marshall que ajudou a reconstrução da Europa. Foi iniciado Maçom “A Vista” pelo Grão Mestre da Grande Loja do Distrito de Columbia, sistema em que se dá os três graus simbólicos de uma forma mais rápida (no malhete), sendo um ato excepcionalmente concedido na Maçonaria. Prêmio Nobel da Paz em 1953.

Albert Abraham Michelson, 1852-1931: Físico norte – americano de origem alemã, grande estudioso dos fenômenos luminosos e dos movimentos interferenciais da luz, demonstrou a constante da velocidade da luz de Einstein. Recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1907. Sendo “Guardiamarina” foi iniciado na Loja Washington 21 de New York em 1875.

Gabriela Mistral (Lucila Godoy Alcayaga), 1889-1957: Professora, Poetisa, nascida em Elqui -Chile, grande valor das letras Americanas e Mundiais, foi premiada em inúmeras oportunidades pela sua prosa. Teve cargos diplomáticos. Foi agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura em 1945. A poetiza Irmã Nina Donoso Correa da Grande Loja Mixta do Chile dos disse em seu trabalho “Evocando Poetas Maçons” de 1986, que Gabriela Mistral foi iniciada na Loja Destellos de la Serena – Chile.

Carl von Ossietsky, 1889-1938: Escritor Alemão, pacifista, prisioneiro por espionagem em 1931 e reivindicado posteriormente em forma pública em 1932. Ao assumir o poder os Nazistas o encarceraram novamente e foi enviado a um campo de concentração e morreu em 1938. Em 1936 recebeu com louros o Prêmio Nobel da Paz, porém não o recebeu pois não houve autorização dos nazistas. Foi iniciado em 1919 na Loja Menschentum Nr 3207 da Grande Loja do Sol Nascente.

Wilheim Ostwald, 1852-1932: Professor, Físico-Químico e Pensador Alemão, nascido em Riga, especialista em trabalhos de Eletrólises, foi o criador da síntese dos Nitratos que trouxeram a decadência das “Saliteras Chilenas”. Em 1909 recebeu o Prêmio Nobel de Química. Foi iniciado na Loja Zu Den Drei em 1911 pelo Grão Mestre da Loja do Sol Nascente da Alemanha.

Izhak Rabin, 1922-1966: Político, militar israelense, Diplomático, foi fundador junto a outros do Estado de Israel. Ministro de Golda Meier e Presidente de seu país, trabalhou na Paz no Oriente Médio e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1984, basicamente pela sua intervenção na paz com o Egito. Em 1968 ao assumir o cargo de Embaixador em Washongton foi iniciado Maçom por “Comunicação” pelo Grão Mestre de Israel, Shalom Kassan, recebendo os três graus simbólicos em uma única cerimônia.

Santiago Ramon Y Cajal, 1852-1934: Historiador Espanhol de Fama Universal, entre seus muitos descobrimentos figuram as leis que regem a morfologia e as conecções das células nervosas na substância “gris” e logo em todos os órgãos. Em 1906 recebeu o Prêmio Nobel de Medicina. Segundo o autor espanhol e presidente do Centro de Estudos Históricos da Maçonaria, José Ferrer Benimeli, afirma em seu livro “A Maçonaria” ser o mesmo maçom.

Charies Robert Richet, 1850-1935: Filósofo Francês, uma das maiores figuras da medicina moderna, autor de numerosos estudos, dentro deles a imunologia, tendo feito grandes descobrimentos que permitiu um grande avanço na cura da epilepsia. Foi galardoado com o Prêmio Nobel de Medicina em 1913. Foi iniciado na Loja Cosmos de Paris em 1876.

Theodore Roosevelt, 1858-1919: Político e Presidente dos Estados Unidos 1901-1909, sua atitude de homem popular foi devido as suas intervenções saneando a política interior, controlando os Trust financeiros, reconheceu a Independência do Panamá. Em 1906 foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz. Foi membro da Loja Matinecock Nr 306, Bahia Oyster de New York.

Elihu Root, 1845-1937: Político Norte-americano, secretário do Presidente Mac-kinley, membro do Tribunal de Haya, foi um dos fundadores de Tribunal do Mundo (o del Arbitraje). Em 1912 recebeu o Prêmio Nobel da Paz quando de visita a T. Roosevelt em Bahia Oyster, sendo membro da Loja Matinecoock Nr 306 como presidente vitalício.

Hernan Staudinger, 1881-1965: Destacado Professor de Química Alemão desempenhou suas atividades no Colégio Técnico Federal da Suissa, que lhe considera um dos fundadores da moderna indústria de plástico. Em 1953 recebeu o Prêmio Nobel de Química. Pese p fato de ser alemão, foi membro da Loja Suiza Modestia Cum Libertate.

Gustav Stresseman, 1878-1929: Político Alemão, foi Ministro entre 1923 e 1929, junto com Bismark é considerado como um dos políticos mais brilhantes de sua época. Em 1926 foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz junto com Brian, outro Maçom, por sua obra em prol da Paz. Em 1929 se uniu a Grande Loja Frederick Nr 618 em Berlim e fou um Honorário, Grande Oficial da Loja “Los Tres Globos”.

Thomas Mann, 1899 – 1955: Teve grande repercussão em 1975 na República Federal da Alemanha, as celebrações literárias pela passagem do primeiro centenário de nascimento de Thomas Mann, no dia 06 de junho. Em honra ao célebre escritor alemão, filho dileto da Maçonaria, agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura de 1929, foram dedicadas numerosas solenidades e publicações.

Já em 1974, um livro sobre Thomas Mann, atingiu a lista de “Best Sellers”, do país: as reminiscências da esposa de noventa anos do grande literato, falecido em agosto de 1955 em Kilchberg, na Suíça. Embora pouca gente saiba, sua mãe, Julia da Silva Bruhns, era brasileira natural de Angra dos Reis, tendo contraído núpcias com o comerciante e senador Johns Heinrich Mann. Evocando as palavras de Gorthe, é o próprio Thomas Mann que escreve: “Indagando pela origem das inclinações herdadas, devo contatar que tenho de meu pai a maneira séria de encarar a vida, mas de minha mãe a natureza alegre e no mais amplo conceito artístico – sensitivo, o prazer de fabular”.

Juntamente com as cidades de Munique – onde Thomas Mann viveu de 1893 a 1933, antes de ser perseguido pelos nazistas como “autor subversivo” – e depois de regressar aos EEUU, de 1952 até a sua morte – foi realizado uma Semana Thomas Mann de 01 a 08 de junho de 1975.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O que é o Rito Brasileiro?


  • É um Rito Regular, já que acata os Landmarques e demais princípios tradicionais da Maçonaria, e os usos e costumes antigos. Com isso, pode ser praticado em qualquer país. Proclama a glória e a fraternidade dos homens, e estabelece, durante as sessões, a presença das três Grandes Luzes: o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso, e emprega os símbolos da construção universal.
  • Sua base é a Maçonaria Simbólica universal(graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre). Sobre ela se eleva a Hierarquia de 30 Altos Graus (no grau 4 ao 33).
  • O Rito Maçônico Brasileiro ou o Rito da Maçonaria Renovada, concilia a Tradição com a Evolução, para que, assim, a Maçonaria não se torne uma força esgotada.
Especializa-se no cultivo da Filosofia, Liturgia, Simbologia, História e Legislação maçônicas e estuda todos os grandes problemas nacionais e universais com implicações ou conseqüências no futuro da Pátria e da Humanidade. Realiza a indispensável cultura doutrinário-maçônica e também a cultura político-social dos Obreiros.
  • Impõe a pratica do Civismo em cada Pátria, porque a Maçonaria é supranacional, mas não pode ser desnacionalizante.
  • O Rito Brasileiro também chamado de Rito Maçônico Perene, conviverá fraternalmente com todos os Ritos Regulares, através da intervisitação e da interfiliação. O Rito exige dos Obreiros a Vida Reta e o Espírito Fraterno e suas legendas são: - URBI ET ORBI e HOMO HOMINI FRATER.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Histórico sobre os Irmãos Fundadores do Rito Brasileiro


Estes nomes ficaram e permanecerão na história do Rito Brasileiro, como bravos Irmãos, corajosos, que galhardamente mantiveram a liderança de um movimento que buscava não permitir a extinção deste Rito - conquista dos Irmãos da Maçonaria Brasileira.

Breve Curriculum

Carlos Estanislau Garcia Esteves

Natural de Barbacena (MG), legítimo defensor dos valores de liberdade, equidade e fraternidade a nível internacional, não havendo se furtado ao cumprimento ao dever. Atuou no Teatro de Operação da Itália pela FEB – Força Expedicionária Brasileira e após o retorno em 1946 ingressou na Arte Real, onde cumpriu galhardamente seus compromissos maçônicos.
Assumiu todos os cargos em Loja; foi Deputado na Assembléia Legislativa do Grande Oriente de Minas Gerais por duas vezes; ocupou a Dignidade de Grande Chanceler do GOMG e, posteriormente, Grande Tesoureiro, na mesma Potência; Venerável da Loja Simbólica Labor e Civismo; Aterzata do Sublime Capítulo Vila Rica por várias gestões e já no Grau 33 foi Fundador do Supremo Conclave Autônomo para o Rito Brasileiro, onde, hoje é o Soberano Grande Hospitaleiro de sua Magna Reitoria.
Foi também, agraciado com os títulos de Membro Honorário das Lojas Simbólicas Labor e Civismo, Centenária Loja Maçônica Cataguasense e Regeneração Barbacenense, além de Grande Benemérito do Rito Brasileiro no Conclave dos Servidores da Ordem e da Pátria.

Élvio Heleno de Azevedo

Profissão: Comerciante. Comerciante em medicamentos.
Nascido em 13 de junho de 1937, no Oriente de Divinópolis. Descendente de tradicional família maçônica, foi Iniciado em 03.04.65, elevado ao grau 2 em 03.07.66 e Exaltado em 31.10.66. Foi elevado ao grau 18 em 15.08.70, grau 30 em 22.05.71 e 33 em 24.05.72. Exerceu os cargos de 1º e 2º Vigilantes, Secretário e Venerável por diversos mandatos, sendo atualmente Mestre de Harmonia. Foi agraciado com a Medalha "Cruz da Inconfidência", sendo Membro Honorário da Estrela do Oeste e da Loja Labor a Deus, Oriente de Formiga. Participou da fundação das Lojas Monte das Oliveiras, Oriente de Oliveira MG Mestres do Monte, Oriente de Santo Antônio do Monte MG, e Ação e Dignidade, Oriente de Bom Despacho. Atualmente, exerce a função de Delegado do Grão Mestre.

Francisco Raimundo de Sousa

Nascido em 17 de fevereiro de 1912, na cidade de Sete Lagoas (MG).
Profissão: Viajante.
Iniciado na Loja Estrela do Oeste de Minas em 25.02.1946.
Elevado ao grau 2 em 17.07.1946.- Exaltado em 09.12.1946.
Elevado ao grau 18 em 26.08.1950;- Elevado ao grau 30 em 11.02.1952.
Elevado ao grau 33 em 24.05.1972.
Foi eleito Venerável em 1957, em 25 de maio de 1977 recebeu o título de Mestre honorário da Loja Maçônica Estrela do Oeste de Minas. Foi representante de sua Loja por diversos mandatos junto à Poderosa Assembléia Estadual Legislativa.

Onofre de Castro Neves

Entrou para a Loja Maçônica Verdadeira Caridade em 27/06/45 e na mesma época foi reconhecido nos graus 2 e 3.
Em 1946 foi elevado aos 18, 30 e 32.
Em 1947, 2º Diácono para a gestão de 46/47 e reeleito.
Em 1948 foi elevado ao grau 33.
Em 1949, 2º Vigilante, 1950 reeleito 2º Vigilante até 1951.
Em 1952, eleito Venerável até 1952. 1956 e 1957, continua Venerável.
Em 1958, ocupa o cargo de Chanceler para o ano de 1959. Em 1960, Secretário.
Em 1961, filiou-se na Loja Novo Século em Faria Lemos.
Em 1961, filiou-se na Loja Acácio Brasileira de Goiânia. De 1967 a 1969 adjunto de Orador e no mesmo ano, eleito adj.de Orador na instalação do Conselho Kadosch de Governador Valadares.
Em 1969, recebe o título de Membro Honorário da Loja Maçônica Labor e Civismo de Cataguases.
Em 1977 - Fundador da Loja Maçônica Carangola Livre, tendo exercido os cargos de Mestre de Cerimônias, Chanceler, Diácono, 2º Vigilante, 1º Vigilante, Secretário, Orador e Venerável. Recebeu o seu nome o Templo da Loja Maçônica Carangola Livre e na cidade de Caracola, existe uma Loja Maçônica com o seu nome.
Em 25 de janeiro de 1985 passou para o Oriente Eterno.

Paulo Pessoa de Sousa

Natural de Recreio, nascido em 08/02/1912.
Iniciado na Loja Maçônica Cataguasense em 16/01/1946.
Elevado em 22/02/1946, Exaltado em 23/04/1946.
Elevado ao grau 18 em 27/02/1947 ao grau 30 em 1952 e grau 33 em 1957.
Eleito Secretário em 16/05;1947, nomeado arquiteto em 14/05;1948, reeleito Secretário em 20/05/1949, nomeado 1º Experto em 12/05/50/51, renomeado 1º Experto 1951/1952, Adjunto de Secretário 1952/1953, 1º Vigilante 1953/1954, Tesoureiro adjunto 1954/1955, Venerável 1955/1956, Tesoureiro 1957/1958, reeleito Tesoureiro 1958/1959, Reeleito Venerável 1959/1960, reeleito Secretário 1960/1961 Adjunto de Secretário 1961/1962, 1º Vigilante 1963/1965. Declarado Emérito em 12/10/1973. Agraciado com o título de Benemérito em 1982 e Membro Honorário em 07/08/1987.

Rosenwald Hudson de Oliveira

Profissão – Bancário.
Nascido em 21 de fevereiro de 1920 na cidade de Rio Novo MG, e falecido em Divinópolis no dia 24 de julho de 1986.
Foi iniciado na Loja Maçônica Estrela do Oeste de Minas, no dia 12 de abril de 1947, elevado ao grau 2 em 19.05.47, exaltado em 07.06.47, elevado ao grau 18 em 14.07.48, elevado aos graus 32 e 33 em 25.02.52.
Foi fundador e presidente da casa de amparo à menor abandonada que é administrada até hoje por sua esposa Dª Zilka, o "Lar das Meninas" , entidade que cobre quase todo o Oeste de Minas; fundador da Cia. Telefônica de Divinópolis; foi um dos fundadores das Lojas Maçônicas Monte das Oliveiras, Itaúna Livre, Ação e Dignidade e Mestres do Monte. Exerceu o cargo de gerente do Banco Mineiro da Produção, fazendo parte da Academia de Letras de Divinópolis, com dois livros escritos por ele.
Dinamizou o Jornal "O Estrelinha" , órgão oficial da Loja, com tiragem nacional em favor de seu Grão Mestre, Irmão Athos Vieira de Andrade, de quem foi seu Delegado. Recebeu diversas Comendas, destacando-se a Cruz da Inconfidência e a "21 de Abril", esta pelo seu desempenho junto ao Lar das Meninas. Exerceu por diversos mandatos e com raro brilhantismo, os cargos de Orador e Venerável de sua Loja, Estrela do Oeste de Minas.
Sem dúvida alguma, foi um dos expoentes máximo da Maçonaria, deixando uma lacuna incomensurável na Loja Estrela do Oeste de Minas e na Maçonaria Brasileira.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Biográfia do Poderoso Irmão Lysis Brandão da Rocha


Fundador e Grande Primaz de Honra "ad eternum" do Supremo Conclave Autônomo para o Rito Brasileiro, também Fundador das Lojas Maçônicas "Labor e Civismo" e "Voluntários da Pátria", o saudoso Professor de inúmeras gerações, seja no mundo maçônico ou no mundo profano, viveu por 77 anos, dentre eles 48 dedicados à causa maçônica.
Lysis Brandão da Rocha, baluarte da Maçonaria Brasileira, é um símbolo que devemos adotar como norte para nosso comportamento maçônico de ser. Lembrar do nosso Soberano Grande Primaz de Honra é lembrar da cultura, das artes, da ciência e dos esportes; é reforçar a retidão do caráter, a moral ilibada e a honradez. Sua exigência marcante muitas vezes escondeu o carinho com que adotou os Irmãos e a própria Maçonaria. Sua maior dedicação foi o engrandecimento do Rito Brasileiro, cujo trabalho, glorioso por sinal, continua brotando seus frutos tal como a romã que traz no seu interior novas sementes de continuidade de nossa Fraternidade com a União dos Irmãos.
Seria muito extenso relatar toda a vida maçônica e os inúmeros "casos" da história deste homem verdadeiro e firme. Mas nossa homenagem estará sempre presente toda vez que seu nome for lembrado. (Fonte Supremo Conclave Autônomo – MG)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Comentários ao Dia do Maçom

O principio maior do Maçom, é a busca constante da verdade, exercida todos os dias, segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, todos os dias são “Dia do Maçom”.
            Embora todos os dias são “Dia do Maçom”, ha datas marcantes comemoradas pela Maçonaria.
            Dia 20 de Agosto, é comemorado o ”Dia Nacional do Maçom” e no dia 22 de Fevereiro, o “Dia Internacional do Maçom”.
            Toda data comemorativa deve ser precedida de um fato relevante, como exemplo: o “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil”, comemorado no dia 17 de Junho e o “Dia Nacional do Rito Brasileiro”, comemorado no dia 25 de Abril.
            Essas datas são altamente relevantes, pois trata-se da Fundação do Grande Oriente do Brasil, ocorrido em 17 de Junho de 1822 e a Reimplantação Vitoriosa do Rito Brasileiro, ocorrido em 25 de Abril de 1968.
            Como veremos abaixo, o dia 22 de Fevereiro é altamente relevante na historia da Maçonaria Mundial, quanto ao dia 20 de Agosto, não há nenhuma relevância para a Maçonaria Brasileira.

Dia Nacional  do  Maçom

            O “Dia do Maçom” foi primeiramente adotado pelas Sereníssimas Grandes Lojas Brasileiras.
A CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica Brasileira) aprovou durante a V Mesa Redonda, ocorrida nos dias 17 a 25 de Junho de 1957, no oriente de Belém estado do Para, uma sugestão apresentada pela Grande Loja de Santa Catarina, que o “Dia do Maçom”, fosse comemorado no dia 20 de Agosto, o que foi aprovado por todas as Grandes Lojas ali reunidas. A justificativa era de que, em Sessão Maçônica realizada no dia 20 de Agosto de 1822, a Maçonaria Brasileira declarou a Independência do Brasil. Como veremos abaixo, o Grande Oriente do Brasil não realizou sessão maçônica nesta data.
            A adoção do “Dia do Maçom” pelo Grande Oriente do Brasil, não foi nem por Ato e nem por Decreto Lei, mais sim, pela revisão Constitucional homologada pelo Grão Mestre Geral Irmão Osires Teixeira, em 02 de Março de 1982. Foi confirmado na revisão Constitucional de 1990, pelo Decreto nº 0162 de 24 de Junho, assinado pelo Grão Mestre Geral Irmão Jair Assis Ribeiro e manteve-se na nova Constituição, editada em 25 de Junho de 2007, assinada pelo Grão Mestre Geral Laelson Rodrigues, pelo Decreto nº 0879.

RGF de 02 de março de 1982
Art. 245 – O “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil” é comemorado em 17 de Junho, em toda a Jurisdição e considerado feriado maçônico. Igualmente o dia 20 de Agosto “Dia do Maçom”.


Constituição de 24 de junho 1990
Art. 145 – São oficialmente considerados o dia dezessete de Junho como o “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil” e o dia vinte de Agosto como “Dia do Maçom”, sendo essas datas feriados maçônicos.

Constituição de 25 de junho 2007
Art. – 134 – São oficialmente considerados feriados maçônicos o dia dezessete de Junho, como o “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil” e o dia vinte de Agosto, como “Dia do Maçom”.

            Em 1822, o Grande Oriente do Brasil, adotava o calendário do Rito Adonhiramita, que começava em 21 de Março, é conhecido como calendário das Estações, pois começa no inicio do Outono (21 de março) e termino no Verão (20 de março), também conhecido como calendário Zodiacal, começando no signo de Áries (21 de março) e termino no signo de Peixes (20 de março). O Rito Brasileiro usa esse calendário.
O Grande Oriente do Brasil usava o calendário Adonhiramita, porque a Loja “Comercio e Artes” trabalhava neste Rito, embora, as Lojas “Esperança de Niterói” e “União e Tranqüilidade” fosse do Rito Moderno (Francês), que adotava o calendário com inicio em 01 de março.
Na primeira fase de funcionamento do Grande Oriente do Brasil, que vai de 17 de Junho a 25 de Outubro de 1822, que totalizou dezenove sessões, o Grande Oriente do Brasil, sempre trabalhou no sistema de Grande Loja (todas reunidas conjuntamente), e em todas as sessões maçônicas as Atas foram datadas no calendário do Rio Adonhiramita (inicio em 21 de março). O Grande Oriente do Brasil, somente passou a adotar o calendário Gregoriano (inicio em 01 de janeiro) no final do século XIX.
            Convergindo o calendário Adonhiramita (21 de março a 20 de março) para o calendário Gregoriano (01 de janeiro a 31 de dezembro) teremos o seguinte:
 Sessão Calendário - Adonhiramita
Sessão Calendário - Gregoriano
1º28 dias do 3º mês de 582217 de junho de 1822
12º27 dias do 5º mês de 582217 de agosto de 1822
13º15 dias do 6º mês de 582204 de setembro de 1822
14º20 dias do 6º mês de 582209 de setembro de 1822
15º23 dias do 6º mês e 582212 de setembro de 1822
            Quando o Grande Oriente do Brasil, fez a conversão de calendário para estipular sua data de fundação (17 de junho “Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil”), usou o calendário Adonhiramita, que é o correto.
Para estipular a data do “Dia do Maçom”, usou o calendário do Rito Moderno, que convergindo para o calendário Gregoriano, corresponde ao dia 20 de Agosto (20 dias do 6º mês de 5822). Estranho! Pois o Grande Oriente do Brasil nunca trabalhou no calendário do Rito Moderno (Francês).
            Vendo a tabela acima, o Grande Oriente do Brasil, nunca realizou sessão no dia 20 de Agosto, a décima segunda sessão foi realizada no dia 17 de Agosto de 1822 (27 dias do 5º mês de 5822) e a décima terceira no dia 04 de Setembro de 1822 (15 dias do 6º mês de 5822).
            A décima quarta sessão do Grande Oriente do Brasil foi realizada em 09 de Setembro de 1822 (20 dias do 6º mês de 5822), e não no dia 20 de Agosto, nessa sessão, foram tratados dois assuntos: o primeiro solicitando esclarecimento sobre publicação no jornal “O Regenerador”, cujo redator era o Irmão Frei Francisco de Sampaio, membro da Loja Comercio e Artes, o Jornal “O Regenerador” era o meio de comunicação do Partido Conservador, da qual faziam parte não só o Irmão Sampaio, como também o Irmão Jose Bonifacio de Andrada, e era contrario aos ideais maçônicos, que eram vinculados no Jornal “Reverbero Constitucional Fluminense” cujo Redator era o Irmão Joaquim Gonçalves Ledo, presidente do Partido Liberal, da qual fazia parte à maioria dos membros do Grande Oriente do Brasil, que trabalhavam pela Independência unilateral do Brasil de Portugal e que seria um Império Constitucional, isto é, com uma Constituição que rege-se os destinos do Brasil, o Partido Conservador trabalhava por uma Independência atrelada a Portugal com um Parlamento único, prevaleceu os ideais da Maçonaria e do Partido Liberal liderado por Joaquim Gonçalves Ledo; o segundo assunto foi à apresentação de uma moção (proposta) feita pelo Irmão Joaquim Gonçalves Ledo, da necessidade da programação da Independência do Brasil, abaixo resumo da Ata dessa sessão, com corte do primeiro assunto.

Décima quarta Sessão do Grande Oriente Brasílico
Aos 20 dias do 6º mês de 5822 = 09 de Setembro de 1822

A Gl\ do G\ Arq\ do Universo“Aos 20 dias do 6º mês do ano de 5822 da V\ L\ - Consta não só que tendo sido convocados os maçons membros das três Lojas Metropolitanas para essa sessão extraordinária, com o especificado fim diante declarado, sendo presidida pelo sobredito 1º Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo, no impedimento do Grão Mestre Jose Bonifácio, dirigira do Sólio um enérgico e fundado discurso demonstrando com as mais sólidas razões, que as atuais políticas, circunstâncias de nossa Pátria o rico, fértil e poderoso Brasil, demandavam a exigir imperiosamente que a sua categoria fosse inabalavelmente formada com a proclamação de nossa Independência, e da Realeza Constitucional na pessoa do Augusto Príncipe, perpétuo defensor do reino do Brasil; mas também, que esta moção fora aprovada por unanimidade e simultânea aclamação expressada com o ardor do mais puro e cordial entusiasmo patriótico. Que sossegado, mas não extinto o ardor da primeira alegria dos ânimos, por verem prestes a realizarem-se os votos da vontade geral pela Independência e engrandecimento da Pátria, propusera ainda o mesmo Primeiro Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo, a necessidade de ser esta sua moção discutida, para que aqueles que pudessem ter receio de que fosse precipitada a medida da segurança e engrandecimento da Pátria, que se propunha, a perdessem convencidos pelos debates, de que a Proclamação da Independência do Brasil era a ancora da salvação da mesma Pátria. Em conseqüência do que, dando a palavra a quem quisesse especificar seus sentimentos, falaram vários Membros, e posto que todos aprovavam a moção reconhecendo necessidade imperiosa de se fazer a Independência do Brasil e de ser aclamado Rei dele o príncipe D.Pedro de Alcântara seu Defensor Perpetuo e Constitucional, contudo, como alguns dos mesmos opinantes mostrassem desejos de que fossem convidados as outras Províncias coligadas para aderirem a nossos votos, e efetuar-se em todas simultaneamente a desejada aclamação, ficou reservada a discussão para outra assembléia geral, sendo todos os Maçons presentes, encarregados de disseminar e propagar a persuasão de tão necessária medida política”.
            A décima quinta sessão (12 de setembro de 1822) foi complemento da sessão anterior, onde foram tratados os mesmos assuntos. No primeiro, com a presença do redator do jornal O Regenerador Irmão Frei Francisco de Sampaio, que esclareceu o ocorrido. No segundo, havia suspeitas que outras corporações civis estavam articulando para fazer a Independência do Brasil sem a participação da Maçonaria, que vinha de há muitos anos trabalhando neste sentido, de uma forma transparente e de conhecimento de toda a sociedade brasileira, essa preocupação era em referencia ao Partido Conservador, que queria uma Independência diferente da propaga pela Maçonaria. Foi decidido, que fossem enviados mensageiros as Províncias e ao encontro do Príncipe Regente (D. Pedro I) que estava em viagem a Província de São Paulo, para dar noticias das decisões tomadas nessas sessões; as mensagens enviadas as Províncias e ao Príncipe Regente, era de que a Independência e a Aclamação do Príncipe Regente (D.Pedro I) seria realizada no dia 12 de Outubro (dia do aniversario do Príncipe Regente), para que as Províncias realizassem este ato conjuntamente com os Irmãos do Grande Oriente Brasílico, como realmente ocorreu.
Abaixo, resumo da Ata dessa sessão, com corte do primeiro assunto.


Décima quinta Sessão do Grande Oriente Brasílico
Aos 23 dias do 6º mês de 5822 = 12 de Setembro de 1822

A Gl\ do G\ Arq\ do Universo“Aos 23 dias do 6º mês do ano de 5822 da V\ L\ - Achando se reunido o Povo maçom das três Lojas Metropolitanas, que por deliberação da sessão antecedente, fora convocado para esta Assembléia geral, tomara a presidência o supradito 1º Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo, no impedimento do Grão Mestre e abrira a sessão, após serem discutidos outros assuntos, foi discutida a moção apresentada na sessão anterior sobre a Independência do Brasil o Irmão Joaquim Gonçalves Ledo propôs, que atenta à boa disposição dos ânimos de todos os Brasileiros conformes em aclamar o nosso augusto defensor perpetuo, Rei Constitucional do Brasil, e devendo os maçons, que foram os primeiros a dar este necessário impulso à opinião publica, adiantar e por em execução meios precisos para que nenhuma corporação civil as precedesse na gloria desta honrosa empresa, acertado era que desta augusta Ordem se enviassem as províncias do Brasil, emissários encarregados de propagar a opinião abraçada, e dispor os ânimos dos povos a esta grande e gloriosa obra, fazendo-se a despesa aos empregados nesta importante comissão com fundos que se achavam em Caixa, porque, posto que destinados para os ornatos e decorações do Grande Oriente, parecia ficarem melhor empregados na causa publica. Apoiada e aprovada esta proposta com o entusiasmo e patriotismo que a nossa Augusta Ordem tem sempre desenvolvido a respeito da causa do Brasil e para com o seu Augusto Defensor Constitucional, e não querendo nenhum dos membros presentes que se fizesse dos fundos em caixa aplicação diferente da do seu destino, se apresaram a oferecer generosas contribuições, prestando-se os membros J. Fernandes Lopes e J. M. Lourenço Vianna, a fazer aos emissários as precisas assistências; e os membros Francisco Xavier com a quantia de cem mil réis; Amaro Velho com a de trezentos mil réis; e Ruy a de cinqüenta mil réis, e todos os mais conforme suas possibilidades, oferecendo-se mais para a comissão à província de Minas o padre Januário da Cunha Barbosa; à de Pernambuco, João Mendes Vianna; à de Santa Catarina, Alexandrino Jose Tinoco; à do Espírito Santo M. P. Ribeiro Pereira de Sampaio; à do Rio Grande do Sul o sobredito Francisco Xavier, que não podendo partir com a precisa brevidade, adiantava por contas entregues a seus sobrinhos, João e Domingos Ribas, pertencentes também a nossa Ordem, as convenientes insinuações, na qualidade de membro que era do governo provisório daquela província; à da Bahia, J. E. Gordilho de Barbuda; à de Monte Vídeo, L. Obbes, e a cidade de Cabo Frio, a sua custa, R. G. Possolo; ficando o presidente da Assembléia encarregado de nomear para as mais províncias, pessoas habilitadas, o que tudo foi aceito. Sendo mais proposto e aprovado, que em conseqüência de haver o Augusto Príncipe, dirigido a província de São Paulo ao Grande Oriente fraternais felicitações, era um dever do Grande Oriente fazer-lhe, por meios de uma deputação às respeitosas expressões de agradecimento pela sua benévola recordação, e pelo seu feliz regresso: foram nomeados para irem a essa missão na manha do dia seguinte os Maçons João Fernandes, Amaro Velho da Silva e João Martins Lourenço Vianna“.

            Finalizando, porque o Grande Oriente do Brasil adotou o dia 20 de Agosto como “Dia do Maçom”, sabendo que não houve Sessão Maçônica nessa data?

Dia  Internacional  do  Maçom

            Abaixo, transcrevo texto escrito pelo Irmão Luiz Alberto Chaves, membro da Loja “Universitária Verdade e Evolução nº 3492” e Administrador do Museu Ariovaldo Vulcano do Grande Oriente do Brasil:
            Nos dias 20, 21 e 22 de Fevereiro de 1994, realizou-se em Washington, nos Estados Unidos, a Reunião Anual dos Grãos Mestres das Grandes Lojas da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México).
            Na ocasião, estiveram presentes como Obediências Co-Irmãs (Sister Jurisdictions), a Grande Loja Unida da Inglaterra, a Grande Loja Nacional Francesa, a Grande Loja Regular de Portugal, a Grande Loja Regular da Itália, o Grande Oriente da Itália, a Grande Loja Regular da Grécia, a Grande Loja das Filipinas, a Grande Loja do Irã, no exílio; além do Grande Oriente do Brasil, com uma delegação chefiada por seu Grão Mestre Francisco Murilo Pinto, que ali estava como observador.
            Ao encerramento dos trabalhos, o Grão Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Irmão Fernando Paes Coelho Teixeira, apresentou uma sugestão encampada pelos Grãos Mestres de todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos e das demais Obediências ali reunidas, no sentido de fixar o dia 22 de Fevereiro como o “Dia Internacional do Maçom” a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi totalmente aprovado.
            E por que 22 de Fevereiro?
            Porque foi no dia 22 de Fevereiro de 1732, em Bridges Creek, na Virginia (EUA), que nasceu George Washington, o principal artífice da Independência dos Estados Unidos. Nascido pouco depois do inicio da Maçonaria nos Estados Unidos – o que ocorreu em 23 de Abril de 1730, no estado de Massachussts – Washington foi iniciado a 4 de Novembro de 1752, na Loja “Fredericksburg nº 4, de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1753 e exaltado a Mestre em 4 de Agosto de 1754.
            Foi Representante da Virginia no 1º Congresso Continental em 1774 e Comandante Geral das Forças Coloniais em 1775, dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1776. Ao ser firmada a paz em 1783, renuncio a chefia do Exercito, dedicando-se então aos seus afazeres particulares. Em 1787, reunia-se, em Filadélfia, a Assembléia Constituinte, para redigir a Constituição Federal e Washington, que era um dos Delegados da Virginia, foi eleito, por unanimidade, para presidi-la. E, depois de aprovada a Constituição, havendo a necessidade de se proceder à eleição de um Presidente, figura nova na política norte americana, Washington, pelo seu passado, pela sua liderança, e pelo prestigio internacional de que desfrutava, era o candidato lógico e foi eleito por unanimidade, embora desejasse retornar à vida privada e dedicar-se as suas propriedades.
            Como Presidente da Republica norte americano, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em Abril de 1789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da Loja “Alexandria nº 22”, da qual fora Venerável Mestre em 1788; em 18 de Setembro de 1783, como Grão Mestre pro-tempore da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio – o Congresso norte americano – apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom. Falecido em 14 de Dezembro de 1799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, em sua propriedade de Mount Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da Loja “Alexandria nº 22”, e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma oficina.
            Como se vê, a criação do “Dia Internacional do Maçom” representou uma homenagem mais do que justa a um grande Maçom alem de também ser historicamente pertinente.
            O Grande Oriente do Brasil, através do Decreto nº 003, de 10 de Fevereiro de 1995, do seu Grão Mestre Francisco Murilo Pinto, atendeu a recomendação da reunião das mais importantes Potencias Maçônicas do mundo, e passa a comemorar o “Dia Internacional do Maçom” a 22 de Fevereiro, com plenas justificativas maçônicas e históricas.

Conclusão

            Na primeira fase de funcionamento do Grande Oriente do Brasil, de 17 de Junho de 1822 a 25 de Outubro de 1822, não houve sessão maçônica no dia 20 de Agosto e muito menos que a Independência do Brasil fora proclamada nessa sessão.
            O Grande Oriente do Brasil deveria ter alertado a CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica Brasileira), de que o dia 20 de Agosto adotado como “Dia do Maçom”, não correspondia com a verdade. Não alertou e também passou adotar o dia 20 de Agosto como “Dia do Maçom”, em 1982, vinte e cinco anos após a decisão das Sereníssimas Grandes Lojas Brasileiras, e reafirmou recentemente na Constituição de 2007, cometeu assim dois erros crassos.
            O Grande Oriente do Brasil deve revogar a data atual de comemoração do “Dia do Maçom”, em 20 de Agosto e conjuntamente com a CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica Brasileira) e COMAB (Confederação da Maçonaria Brasileira) adotem outra data para comemoração do “Dia do Maçom”.
           
Sugestão

Devemos seguir os mesmos critérios usados pelas Potencias Mundiais, quando instituiu o “Dia Internacional do Maçom”, reverenciando o Irmão George Washington.
Será que no Brasil não temos nenhum Irmão que preenche os mesmos atribuídos maçônicos e cívicos do Irmão George Washington?
Com certeza que temos! Esse Irmão é Joaquim Gonçalves Ledo. Dia 11 de Dezembro de 1781 é a data de seu nascimento, data ideal para comemorarmos o “Dia do Maçom”.            Brasileiro, Maçom, Nacionalista, Patriota e Cidadão exemplar. Embora a historiografia profana nacional, não o menciona como o grande responsável pela nossa Independência, prestou relevantes serviços a nossa Pátria e a Maçonaria:

·         Pertenceu ao quadro de Obreiros da Loja Primaz do Grande Oriente do Brasil “Comercio e Artes”, onde foi Venerável Mestre.
·            Foi o grande responsável pela reinstalação da Loja “Comércio e Artes”.
·         Fundador e Redator do Jornal “Reverbero Constitucional Fluminense”, propagador dos ideais da Maçonaria.
·         Foi o grande responsável juntamente com o Irmão Januario da Cunha Barbosa do “Dia do Fico”.
·         Foi o personagem principal da fundação do Grande Oriente do Brasil, primeira e maior Potencia Regular da America Latina. Participou das 19 sessões do Grande Oriente do Brasil (17/06 à 11/10/1822). Presidiu 15 sessões.
·         Foi Conselheiro do Príncipe Regente, Secretario de Estado e Procurador Geral da Província do Rio de Janeiro.
·         Foi o principal responsável pela instalação da Assembléia Constituinte, sendo eleito constituinte pela Província do Rio de Janeiro em 1822.
·         Foi responsável pela iniciação e posse do Príncipe Regente Pedro de Alcântara no cargo de Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil.
·         Foi o grande responsável conjuntamente com o Grande Oriente do Brasil pela organização da Aclamação e Coroação de D. Pedro I Imperador do Brasil em 12 de Outubro de 1822.
·         Foi o introdutor do Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil, fundando a Loja “Educação e Moral” (1829), onde foi seu primeiro Venerável.
·         Recusou cargos e honrarias oferecidas pelo Imperador D. Pedro I: Ministro do Império; Titulo de Marques de Praia Grande e a Ordem Dignataria do Cruzeiro.
·         Participou ativamente da Reinstalação do Grande Oriente do Brasil em 1831.
·         Foi Deputado pela Província do Rio de Janeiro de 1822 a 1836.
·         Em 1836 abandona a vida Política e a Maçonaria, e se dedica apenas a sua vida profana e parte ao oriente eterno em 19 de Maio de 1847.
             Os Irmãos que quiserem obter maiores conhecimentos sobre esse grande brasileiro chamado Joaquim Gonçalves Ledo, leiam o livro de autoria do Irmão Nicola Aslan intitulado “Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo” e Aníbal Gama “D. Pedro na Regência”.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Biografia sobre o Ir.'. Álvaro Palmeira

Nascido a 18 de julho de 1889, e falecido em 1992, Álvaro Palmeira foi médico, professor e diretor de Faculdade de Medicina. Foi iniciado maçom através da Loja “Fraternidade Espanhola”, do Rio de Janeiro, a 9 de dezembro de 1920, e teve, portanto, quase 72 (setenta e dois) anos de atividade maçônica, durante os quais exerceu grande influência sobre a Maçonaria brasileira, colecionando, graças à sua atividade, amigos incondicionais e adversários irreconciliáveis, o que é próprio dos homens com luz própria, que incomodam os medíocres.
Palmeira exerceu, praticamente, todos os altos cargos do Grande Oriente do Brasil: conselheiro, deputado à Soberana Assembléia Federal Legislativa, Grão-Mestre Adjunto e Grão-Mestre. Foi eleito Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente do Brasil, em 1942, quando Joaquim Rodrigues Neves que já vinha exercendo, interinamente, o Grão-Mestrado foi eleito Grão-Mestre. No início de 1944, Rodrigues Neves teve que enfrentar a ameaça de uma nova dissidência, liderada por Octaviano Bastos e Alexandre Brasil de Araújo, culminando por suspender, por dois anos, os direitos maçônicos de todos os participantes do movimento, através do Ato nº. 1.842, atendendo a uma resolução do Conselho Geral, de 22 de março de 1944. E complementou a ação, a 25 e 30 de março, com a suspensão de Dilermando de Assis (Ato nº. 1.843) e do Grão-Mestre Adjunto, Álvaro Palmeira (Ato Nº. 1.845), suspeitos de integrar o movimento, por discordância da atuação do Grão-Mestre. Mas, a 18 de maio de 1945, sob a liderança de Palmeira e Octaviano, era fundada a Grande Loja do Brasil, que teria vida curta.
A 13 de março de 1948, então, era criado o Grande Oriente Unido, do qual, além de Palmeira, faziam parte José Benedito de Oliveira Bomfim, Osmane Vieira de Resende e Moacyr Arbex Dinamarco, que, posteriormente, estariam à frente dos destinos do Grande Oriente do Brasil. No início de 1950, a quase falida Grande Loja do Brasil era absorvida pelo Grande Oriente Unido. Esta dissidência duraria até 1956, quando Palmeira era o seu Grão-Mestre. A 22 de dezembro desse ano, pelo decreto nº. 1.767, era aprovado o Convênio para incorporação e reincorporação, ao Grande Oriente do Brasil, das Lojas do Grande Oriente Unido, com base no tratado ajustado a 27 de fevereiro de 1954, que havia sido acertado entre o Grão-Mestre do GOB, almirante Benjamin Sodré, e Leonel José Soares. Esse Convênio foi assinado no mesmo dia 22 de dezembro, pelo então Grão-Mestre, Ciro Werneck de Sousa e Silva,  e pelo Grande Secretário, Antônio Astorga, representando o GOB, e pelo Grão-Mestre Álvaro Palmeira e pelo Grande Secretário Abelardo Albuquerque, representando o Grande Oriente Unido.
Retornando ao Grande Oriente do Brasil, Palmeira, por sua incontestável capacidade de liderança, tornou-se um nome proeminente e quase oracular na Obediência. Graças a isso, em 1963, era eleito Grão-Mestre Geral, tendo, como Adjunto, Erasmo Martins Pedro, para um mandato de cinco anos. Na alta administração, chamados a colaborar com o Grão-Mestre, estavam nomes como Antônio Tarcílio de Arruda Proença, Tito Áscoli de Oliva Maia, Severo Coelho de Sousa, Moacyr Arbex Dinamarco, Osmane Vieira de Resende, Cândido Ferreira de Almeida, José Eduardo de Abreu, Paulo Maia Lucas, Abelardo Almeida Albuquerque, Ariovaldo Vulcano, Djalma Santos Moreira, Lysis Brandão da Rocha, Rudolf Wensche e Oscar Argollo. Muitos eram remanescentes do Grande Oriente Unido, destacando-se: Tarcílio Proença, como 1º. Grande Vigilante, Dinamarco, como Grande Secretário de Administração, e Osmane, como Grande Secretário da Guarda dos Selos. 
Em sua administração, agitada, em seu início, pelo golpe de 1964, Palmeira tratou da construção do prédio em terreno do GOB, no bairro de Fátima, da construção do palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, do início da construção no terreno do GOB, em Brasília, e da questão da desapropriação do Palácio do Lavradio, para a remodelação urbana do Rio de Janeiro. Em relação ao Lavradio, ele comunicava, em seu relatório anual de 1965, que o governador do Estado já havia dado ordem para que o prédio fosse resguardado da demolição. Em relação a Brasília, comunicava que uma parte do plano de construção, à avenida W-5, estava realizada e, nela, as Lojas funcionavam.
Em sua gestão, também foi criada a Editora Maçônica do GOB, através do Ato nº. 2.761, de 12 de julho de 1965. A 22 de novembro de 1966, pelo Ato 2.809, era inaugurado o escotismo no GOB e criado o Departamento Escoteiro. A 12 de outubro de 1967, o Ato nº. 2.841, criava o Grêmio de Radioamadores do Grande Oriente do Brasil. E, a 10 de outubro, nos termos do art. 132 da nova Constituição do GOB (promulgada a 21 de abril), era criado o Superior Tribunal Eleitoral.
A 28 de janeiro de 1968, Dinamarco era eleito Grão-Mestre, derrotando o candidato oficial, Célio Cordeiro. Mas, antes de entregar o primeiro malhete da Obediência ao seu sucessor, Palmeira, a 19 de março de 1968, pelo Decreto nº. 2.080, renovava, em seus objetivos, o Ato nº. 1.617, de 3 de agosto de 1940, como o marco inicial do Rito Brasileiro, constituindo, então, uma comissão especial, composta de 15 obreiros, para rever a Constituição do rito, publicada pelo GOB em 1940. A Comissão, que iria constituir o núcleo inicial do Supremo Conclave, era composta dos seguintes nomes: almirante Benjamin Sodré, deputado Erasmo Martins Pedro, general Tito Áscoli de Oliva Maia, Admar Flores, Alberto Alves Sarda, Álvaro de Melo Alves Filho, Ardvaldo Ramos, Cândido Ferreira de Almeida, Edgard Antunes de Alencar, Humberto Chaves, Jorge de Bittencourt, Jurandyr Pires Ferreira, Norberto dos Santos e Oscar Argollo. O decreto estabelecia, também, que o Grão-Mestre Palmeira por ser o remanescente do adormecido Conclave de 1940, seria o assessor da Comissão.
Ainda na gestão de Palmeira, a 11 de junho de 1968, pelo decreto nº. 2.085, era permitido, aos Mestres eleitos para o Veneralato de Loja, o uso da sigla M.: I..- Mestre Instalado - ao mesmo tempo em que era editado o ritual de Instalação, que é próprio do Rito de York e que foi enxertado nos outros ritos, graças a essa iniciativa, pois isso não existia no GOB, até essa data. E na sessão do Ilustre Conselho Federal, realizada em maio de 1968, pouco antes do término de seu mandato, Palmeira exibiu a nova planta da cidade do Rio de Janeiro, resguardando o Palácio Maçônico do Lavradio. Conforme consta da ata, “todas as plantas anteriores da cidade traziam consigo a demolição do Palácio Maçônico, mas a atual resguarda, até final decisão, nossa Sede venerável”.  O tombamento do Lavradio, resguardando a sede do GOB, ocorreu na gestão seguinte, de Dinamarco. Mas as gestões para a sua preservação começaram com Palmeira, queira ou não queiram os seus medíocres e raivosos adversários. ( Ir José Castellani EFEMÉRIDES MAÇÔNICAS DE 1999)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PRECEITOS DO RITO BRASILEIRO

  • O Rito Brasileiro é teísta, afirmando a crença em um Deus Criador, Proclama a Glória do - Supremo Arquiteto do Universo e a fraternidade dos homens, filhos do mesmo Pai.
  • Acata os Landmarques e os demais princípios tradicionais da Maçonaria, atendendo a todos os requisitos da Ortodoxia Maçônica.
  • Dedica-se o Rito Brasileiro ao aperfeiçoamento dos Maçons, conciliando a Tradição com a Evolução.
  • Especializa-se no cultivo da Filosofia, Liturgia, Simbologia, História e Legislação Maçônica, estudando os grandes problemas nacionais e universais e suas implicações e conseqüências no futuro da Pátria e da Humanidade. Combate à superstição, conciliando a Razão com a Fé.
  • O incentivo e a prática do Civismo constituem-se em um dos altos objetivos do Rito Brasileiro.
·         Nas Lojas Simbólicas do Rito estarão sempre presentes a Constituição do Rito e as Três Grandes luzes; O Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Processo Histórico de Criação do Rito Brasileiro

            O processo de criação do Rito Brasileiro teve sua origem no processo nacionalista, do qual a Maçonaria brasileira não ficou a margem.
Em 1864 Miguel Antônio Dias, Maçom Português, solicitava aos Orientes Lusitano e Brasileiro a criação de um Rito Novo e Independente  com seus altos Graus misteriosos diferentes e nacionais. Essa  nacionalização vem justificada com a impossibilidade de se manter um Rito Universal e a preocupação de manter a Universalidade da Maçonaria.
Em 1875 em Porto Alegre é fundada a Loja Zur Eintracht do Rito Alemão.
O comerciante Ir.: José Firmo Xavier, em Pernambuco, funda a Maçonaria Especial do Rito Brasileiro em 1878. com características particulares que o diferenciava dos outros , sem ser uma “novidade”, pois já havia outros Ritos nacionalistas.
Como em toda mudança ocorreram divergências ocasionando rupturas, talvez pela forma ou até mesmo ideais preconizados pelo Ir.: José Firmo Xavier, cujo ideal era abolir a escravidão e tinha a intenção de aparar as arestas havidas com a questão religiosa.
Em 1880 já era forte o movimento anticlerical que possivelmente influenciaria a atitude de D. Pedro II e a oposição ao Rito Brasileiro. em razão da questão religiosa.
Em 1882 após uma carta vinda de Portugal José Firmo Xavier, sob os auspícios  de Sua majestade o Imperador D. Pedro II proclamava a Constituição da Maçonaria Especial do Rito Brasileiro, documento este que se encontra na Biblioteca Nacional, na cidade do Rio de Janeiro.
O Rito Brasileiro procurou vivenciar o momento histórico que se vivia na época para criação de uma identidade nacional e nas grandes transformações políticas e sociais que ocorreriam 10 anos depois, com a libertação da escravatura e a Proclamação da República. Foi criada, no nascido Rito, uma caixa denominada  “Cofre de Emancipação” com a finalidade de libertar os escravos. “A escravidão, essa mancha ignominiosa da História do Brasil, sensibilizou sobremodo o Ir Firmo Xavier. Seu interesse no sentido de libertar quantos escravos fosse possível, foi gesto positivo e sobretudo humano. Só isto bastava para o engrandecimento da Maçonaria do Rito Brasileiro. (Ir Hércules G Pinto)
O Rito não prosperou, pois o seu nacionalismo só permitia a admissão de brasileiros natos, alem da doutrina religiosa o que lhe dava um caráter de irregular, alem das conturbações ocorridas em 1891 com a primeira grande crise da República .
O Grande Oriente reconhecia em sua Constituição de 1914, 05 (cinco) Ritos: o Adhoniramita, o Francês ou Moderno, o REAA, o de York e o Alemão ou de Schröeder.
Em 1914 aflorava o sentimento cívico e patriótico, tomava corpo as Campanhas Cívicas, o serviço militar obrigatório (Lei de 1907), início da 1ª Guerra mundial, nesse clima o Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil Lauro Sodré, baixa Decreto de n° 500 de 23 de dezembro de 1914, fundando o Rito Brasileiro como Potência Regular Legal e Legítima, com a seguinte redação:
Lauro Sodré, Grão-Mestre da Ordem Maçônica no Brasil;
Faz saber a todos os maçons e oficinas da Federação, para que cumpram e façam cumprir, que em sessão efetuada no dia 21 de dezembro deste ano, o Il\ Cons\ Ger\ da Ord\ aprovou o reconhecimento e incorporação do Rito Brasileiro entre os que compõem o Gr\ Or\ do Brasil, com os mesmos ônus e direitos, regidos liturgicamente pela sua Constituição particular, respeitando o dispositivo do art. 34 do Reg\ Ger\, ficando autorizada a funcionar a sua Gr\ Loj\, intermediária da relação entre os IIr\ do Rito e entre estes e os Poderes Maçônicos de que trata o art. 4º do Reg\ Ger\, o que é promulgado pelo presente Decreto.
O Po\ Ir\ Gr\ Secr\ Ger\ da Ord\ é encarregado de fazer a publicação deste Decreto.
Dado e traçado na Gr\ Secr\ Ger\ da Ord\, na cidade do Rio de Janeiro, aos 23 dias do 10º mês do ano de 5.914 da V\ L\ - 23 de dezembro de 1914, E\ V\

Lauro Sodré, 33\

Gr\ M\ da Ord\
Ticiano Corregio Daemon, 33\
Gr\ Secr\ Ger\ da Ord\
A. 0. de Lima Rodrigues, 33\
Gr\ Chanc\

A tentativa de consolidação do Rito veio com dois outros decretos, baixados pelo Contra Almirante Veríssimo José da Costa, do Grão Mestre em Exercício, substituindo Lauro Sodré, Decreto n° 536, com o aval da Soberana Assembléia em 17 de outubro de 1916 e Decreto n° 554 de 13 de junho de 1917, reconhecendo e consagrando o Rito Brasileiro, sendo Grão Mestre o Ir\Nilo Peçanha.
Lauro Sodré e Silva foi militar, político e líder republicano, Veríssimo José da Costa Contra -Almirante o que explica suas atuações na retomada do.Rito Brasileiro.
O Rito era visto com desconfiança pois o julgavam nacionalista, o que seria um absurdo maçônico, mesmo com o reconhecimento do G.:O.:B.: não prosperou. Lojas eram fundadas e depois abatiam colunas ou mudavam de Rito ocasionadas também pela falta de orientação litúrgica e de um corpo organizacional
A 1ª Guerra Mundial propiciou um crescimento das cidades, da classe operária e das camadas médias e com isso a pressão dos movimentos sociais exigindo mudanças no campo político, econômico e social.
Em 1921, no roldão das pressões sociais, que desembocariam na Revolução de 1930, houve uma tentativa em São Paulo, quando o Grande Oriente Estadual estava Independente, pelos Irmãos: José Adriano Marrey Júnior, Arthur Graça Martins, Victor Sacramento, Pedro Ernesto de Oliveira, e Antônio do Carmo Branco integrantes do Grão Mestrado Paulista, para implantação efetiva do Rito Brasileiro como um rito único, com a denominação de Maçonaria Azul que acabou não ocorrendo .
O Ato nº. 1.617, de 3 de agosto de 1940, nova tentativa para consolidação do Rito com a publicação da Constituição do Rito e em 1941 era instalado o Supremo Conclave do Rito Brasileiro, por inspiração do Ir.: Álvaro Palmeira, eleito Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente do Brasil, em 1942.
A crise no G.:O.:B.: em 1944 com a Suspensão de diversos Membros, inclusive Palmeira, e culminou com a criação da Grande Loja do Brasil em 1945 e do Grande Oriente Unido em 1948 influenciou mais uma vez para o ostracismo do Rito Brasileiro.
Em 1967, uma crise interna no Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito teve como desdobramento à implantação definitiva do Rito Brasileiro em 1968.
Em 1968, a 19 de março, o Ir Álvaro Palmeira Grão Mestre do GOB pelo Decreto nº. 2.080, nomeava uma Comissão Especial de 15 Membros (Benjamin de Almeida Sodré, Erasmo Martins Pedro, Adhmar Flores, Alberto Alves Sarda, Álvaro de Melo Alves Filho, Ardvaldo Ramos, Cândido Ferreira de Almeida, Edgard Antunes de Alencar, Eugênio de Macedo Matoso, Humberto Chaves, Jorge de Bittencourt, Jurandyr de Castro Pires Ferreira, Norberto Santos, Oscar Argollo e Tito Áscoli de Oliva) com amplos poderes de revisão e reestruturação a fim de por o Rito “rigorosamente acorde às exigências maçônicas da Regularidade internacional”, conferindo-lhe “âmbito universal“, separando o Simbolismo dos Graus Filosóficos e constituindo-o em real veículo renovador da Ordem, conciliando a Tradição com a Evolução, ficando então como marco inicial do Rito Brasileiro.
Em 10 de junho de 1968 foi assinado um ¨Tratado de Amizade e Aliança Maçônica¨ entre o Grande Oriente do Brasil e o Supremo Conclave do Brasil do Rito Brasileiro, o qual foi ratificado pela Soberana Assembléia Federal Legislativa em 27 de julho seguinte.
Com o Excelso Conselho da Maçonaria Adhoniramita foi firmado o Tratado de Aliança, Mútuo Reconhecimento e Amizade em 21 de novembro de 1974.
Em 1974, é fundado em Cataguases - MG o Supremo Conclave Autônomo para o Rito Brasileiro. conhecido como Conclave dos Servidores da Ordem e da Pátria , para as Lojas Maçônicas do Rito Brasileiro dos Grandes Orientes Independentes Estaduais, jurisdicionadas à COMAB - Confederação Maçônica do Brasil, sendo seu órgão administrativo ou Alto Corpo Filosófico.
A fundação foi possível graças à amizade dos Irmãos Álvaro Palmeira e Lysis Brandão da Rocha divulgadores do Rito Brasileiro. http://www.geocities.com/Athens/Rhodes/1307/outros
O Alto Corpo Filosófico das Lojas Maçônicas jurisdicionadas ao Grande Oriente do Brasil, chama-se "Supremo Conclave do Rito Brasileiro". http://www.ritobrasileiro.hpg.ig.com.br/
Os primeiros rituais dos graus 1, 2 e 3, nasceram da adaptação dos Ritos de York e Francês.
Desde seu surgimento em 1878 o Rito Brasileiro sempre teve como finalidade a Prática do civismo, da moral ilibada, da cultura e auxílio social. Isso era afirmado em um impresso do Rito de 1940
"O Rito Brasileiro tem como finalidade estimular a cultura, o mérito maçônico e o Civismo,tomando sob sua proteção moral a criança,a mulher e a velhice." (Supremo Conclave Autônomo)
Desde a sua implantação, em 1968, o Rito se impôs à consciência maçônica brasileira e hoje há mais de uma centena de Lojas do Rito em vários Estados de norte a sul do País, fazendo com que seja, portanto, o segundo Rito Maçônico mais praticado no Brasil. O Rito Brasileiro adota a denominação de “Rito da Maçonaria Renovada” estando em franca expansão.
O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos é profundamente filosófico enaltecendo o  mais puro sentimento Maçônico A FRATERNIDADE ENTRE OS HOMENS, pela leitura obrigatória do Salmo 133.
Um dos ideais do Rito Brasileiro é fazer com que os Maçons sirvam ativamente à humanidade, pela Pátria onde nasceram ou onde se acolhem, tornando-a feliz.
“O Rito Brasileiro pratica a Maçonaria Tradicional em seus Rituais e preconiza a Moral, a Cultura e o Civismo numa formação sistemática, para subir ao cimo do pensamento filosófico e social, estabelecendo o Humanismo Maçônico. É a plenitude humana, harmonicamente realizada.”